“Jogos educativos” ganham vez no currículo escolar

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Cada vez mais os “games educativos” vêm ganhando espaço pelo fato de aprimorarem o desenvolvimento de habilidades e instigarem a vontade de aprender de forma divertida.

O modelo de ensino tradicional nas escolas é criticado há vários anos pelas metodologias consideradas ultrapassadas. Por isso, novas formas de aprendizagem estão sendo pesquisadas e utilizadas. Dentre elas, o ensino híbrido – ou blended learning, na tradução para o inglês. Esse conceito é uma das maiores tendências da educação no século XXI e promove uma mistura entre o ensino presencial e as propostas de ensino on-line.

A tecnologia, sem dúvidas, é um dos maiores alicerces de educadores e alunos. Em um mundo pós-pandemia, devido à transferência das aulas presenciais para a distância, as escolas precisaram se reestruturar e, com isso, essa combinação será um potencializador a mais para a continuidade da sala de aula no ambiente virtual.

Entretanto, apenas o uso da tecnologia não é o suficiente. É preciso combinar o uso dela sem perder as interações presenciais. A ideia é que professores e estudantes possam ensinar e aprender em tempos e locais variados. Ou seja, não existe uma única forma de aprender e o conhecimento é um processo contínuo. Algumas pesquisas realizadas apontam ainda que o uso da tecnologia influencia nas transformações ocorridas no modo de relacionar, construir significados e valores – só que todas essas pesquisas enfatizaram a importância da reelaboração da cultura escolar.

Neste cenário, os games educativos são exemplo de inovações da chamada “Pedagogia Digital” – responsável pelo estudo das tecnologias digitais contemporâneas na educação. Dentro desse contexto, os educadores já perceberam que educar vai muito além do giz, quadro ou uma lousa. Os jogos aliam aspectos lúdicos, aprendizado das tecnologias tradicionais e desenvolvimento integral dos alunos.

Em Juiz de Fora e nas demais cidades em que possui unidades, a Rede de Ensino APOGEU vem criando soluções para inserir jogos on-lines em que os alunos assumem o protagonismo e podem tomar diferentes decisões, desde investimentos, a partir do portfólio de várias empresas, até onde investir os recursos em um país.

Vamos criar ambientes virtuais de jogos por meio dos quais podemos colocar os alunos em diferentes situações para tomarem decisões, eles poderão ser investidores e escolher o portfólio de empresas que lhes interessa, ou comandarem um país em grupo e decidirem onde investir os recursos. Precisamos acompanhar a mudança do mundo. Os celulares já fazem parte integral da rotina dos alunos. Se pudermos usar tecnologias novas como ferramentas para ensinar e avaliar os alunos ao invés de tratar o celular como uma distração, estaremos abrindo um mundo de possibilidades jamais concebido no ensino tradicional”, disse Pedro Neto, CEO da Imersa, parceira do APOGEU na criação de uma ementa de educação empreendedora.

No mercado, outros games educativos conquistam as propostas pedagógicas ao redor do país, alguns já premiados internacionalmente. Separamos alguns exemplos para você brincar de forma educativa com o seu filho.

  • Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação (OjE): Esse jogo estimula uma competição de conhecimento em que alunos do Ensino Fundamental e Médio podem acumular pontos durante todo o ano letivo. Há desde enigmas do Enem até jogos de realidade alternativa. Em 2012, foi considerado o melhor jogo educativo da Game Show, a maior feira da América Latina.
  • Mito da Caverna: Em 3D, esse jogo se inspira nesta famosa parábola do filósofo Platão, no qual estimula o ser humano a se libertar da escuridão que o aprisiona por meio da luz da verdade. Voltado para alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, também já ganhou o prêmio de melhor jogo da Game Show, em 2011.
  • Contra a Dengue: Esse jogo do site Ludo Educa estimula o estudante a eliminar o mosquito causador da dengue. Para passar de fase, o jogador enfrenta diversos cenários com diferentes desafios. Portanto, é importante para conscientizar os alunos no combate à dengue, ensinando práticas para erradicar o inseto.
  • Rainy Day: Ao “entrar no corpo” de uma pessoa com depressão, o jogo estimula a empatia e impõe desafios para levar a vida adiante. O barulho da chuva como trilha sonora e as angústias do dia a dia transmitem o que é conviver com essa doença. O jogo também é uma importante ferramenta de diagnóstico.
  • Cidade Verde: No ambiente virtual, o aluno é um prefeito que deve construir sua cidade de forma sustentável, atendendo as necessidades sociais e desenvolvendo uma economia preocupada com a questão ambiental. Além disso, são abordados temas como mobilidade, coleta de lixo, tratamento de esgoto, desmatamento, consumo e gestão pública de gastos. Foi premiado no exterior.